Como organizar uma viagem? Se estás a fazer esta pergunta a ti próprio, vieste ao sítio certo. Provavelmente, estás ansioso por começar a moldar a tua próxima aventura e queres prepará-la sozinho da forma mais simples e descomplicada possível. Nós ajudamos-te a consegui-lo!

Na verdade, a organização de uma viagem faz parte da própria viagem, uma vez que começas a ler, a aprender e a absorver o destino que vais visitar e, embora ainda não o faças em carne e osso, a tua cabeça já começa a vaguear pelas praias, cidades, parques nacionais ou outros locais que irás visitar em breve.

Pega numa caneta e num papel porque nós vamos guiar-te e ajudar-te a organizar uma viagem sozinho e de forma fácil. Vamos a isso!

Escolher um destino

O mais importante na organização de uma viagem, para não pôr a carroça à frente dos bois, é escolher o destino para onde se vai. O que é que o teu corpo pede? Qual o orçamento de que dispões? Quando é que vais? Estas três perguntas são fundamentais para escolher o local desta nova aventura.

Se quiseres fazer uma escapadela turística a uma grande capital, podes estar interessado em destinos como Nova Iorque, Paris, Roma, Berlim, Amesterdão… Mas, obviamente, surge a segunda questão, o teu orçamento. Se tiveres um orçamento mais limitado, terás de deixar para outra altura cidades distantes e caras como Nova Iorque e poderás talvez optar por outras mais próximas e mais baratas como Budapeste.

Pergunta a ti próprio o que procuras nesta viagem – procuras praias? As Filipinas podem ser a resposta. Queres fazer um safari sozinho? Vê a África do Sul e o seu épico Parque Nacional Kruger. O teu corpo está a pedir trekking? O Nepal e a Nova Zelândia podem interessar-te.

A questão “quando ir” é outra parte importante – muito importante! É por isso que lhe dedicamos a secção seguinte:

Pessoa a apontar para um mapa com uam caneta e com um caderno e uma maquina fotografica ao pé do mapa

Melhor altura do ano para cada destino

Ao organizar uma viagem, é importante considerar que há destinos que mudam completamente de uma época para outra, e outros que são simplesmente “impraticáveis”.

Digamos que queiras viajar para Nova Iorque. A época do ano em que a visitas pode fazer uma grande diferença na tua experiência. No Natal, por exemplo, as temperaturas baixam, os preços sobem e a disponibilidade de alojamento (decente) pode ser muito reduzida.

Nas Caraíbas, por outro lado, entre junho e dezembro, é mais provável ocorrerem eventos como furacões. Isto não quer dizer que vás ter uma experiência nublada, mas é importante, ao preparar a tua viagem sozinho, fazer alguma pesquisa sobre a melhor época do ano para o teu destino e como está o clima na altura em que vais.

Não só pelo clima, mas também pela coincidência com as festividades, que podem fazer com que o elevado fluxo de turistas faça disparar os preços e dificulte a procura de alojamento. A Índia durante o Kumbh Mela, o Natal nas Filipinas quando o turismo local tende a consumir tudo, a sakura no Japão…

É muito importante informares-te sobre o que podes esperar nas datas que escolheres! Isto também influenciará a bagagem de que precisas. Não te esqueças de que é inverno no hemisfério sul quando é verão no norte. Ir para a Nova Zelândia em julho com roupa de praia seria um erro muito grave.

floresta tropical com muitas arvores e uma cascata

Comprar voos

Se já tens uma ideia de onde queres ir e tens as datas mais ou menos definidas, esta é a altura ideal para começar a procurar voos. Suponhamos que já ouviste ou leste que X meses antes da partida é quando os preços são mais baixos; ou que X dia da semana oferece preços muito melhores. São 100% mitos. Viajamos pelo mundo há uma vida inteira e verificámos que não é bem assim.

Os preços dos voos tendem a subir à medida que a data se aproxima. Há ofertas “relâmpago” de vez em quando, mas não cumprem nenhuma destas premissas: nem são 6 meses antes, nem são à quarta-feira. Neste sentido, cada destino é um mundo à parte e pouco mais podes fazer do que comprar com a maior antecedência possível e estar atento aos preços.

Para organizares a tua viagem neste sentido, a melhor coisa a fazer é não perderes este guia: Como comprar voos baratos. Nele, mostramos-te as dicas que utilizamos. Desde como ativar um alarme que te avisa quando o preço baixa um dia, até uma ferramenta que te permite ver os preços dos voos de uma forma super visual num calendário. Desta forma, se quiseres viajar, por exemplo, no dia 3 de julho, podes ver que se viajares no dia 4 o voo fica a metade do preço, o que pode ser uma poupança enorme!

Além disso, para os mais aventureiros, existe a opção de procurar “voos para qualquer lugar”. Aí podes encontrar grandes pechinchas e ofertas ao preparar a tua viagem.

avião no meio das nuvens visto da terra

Recuperar o teu dinheiro se não viajares e estar seguro se viajares

A compra de voos é muitas vezes a primeira despesa quando se organiza uma viagem. É nesse momento que deves certificar-te de que tens a garantia de receber o teu dinheiro de volta se algo grave acontecer. O Suplemento de Cancelamento de Viagem está disponível na grande maioria das nossas apólices e reembolsar-te-á até 5.000€ (no momento em que escrevemos) se tiveres de cancelar a tua viagem por qualquer uma das muitas razões consideradas. Por exemplo, em caso de hospitalização de um familiar direto, doença grave, situações de trabalho/legal… podes recuperar o teu dinheiro e gastá-lo noutra altura. Para isso, deves obter o teu seguro de viagem e o suplemento de cancelamento no prazo de 7 dias após a compra do primeiro serviço da tua viagem. Neste exemplo, foram os voos, mas também pode ser, por exemplo, a reserva do teu alojamento.

3 amigos numa caminhada durante uma viagem no meio das montanhas

Além de poderes recuperar o dinheiro no caso infeliz de não poderes viajar, o seguro de viagem é hoje em dia um requisito muito importante para visitar qualquer destino. Quando saímos do nosso país, temos de enfrentar despesas médicas muito elevadas que os cuidados de saúde implicam para os turistas, podendo ascender a milhares de euros que tens de pagar do teu próprio bolso em casos de gravidade média ou elevada. Ter o teu seguro de viagem garante-te:

  • Acesso gratuito aos melhores especialistas e centros médicos.
  • Acesso a uma assistência que te aconselhará e saberá a que hospital te dirigir para não acabares em sítios que nem queres imaginar.

Mas, para além de te proteger em questões de saúde, vai muito mais longe e cobre todos os casos que podem ocorrer numa viagem, garantindo que estás nas melhores mãos, com os nossos melhores seguros, em casos como:

  • Roubos
  • Problemas com a tua bagagem
  • Incidentes com o teu transporte
  • Cobertura em Desportos de Aventura
  • Deslocação de um membro da família
  • Convalescença num hotel
  • Repatriamento

Ao organizares uma viagem, a subscrição de um seguro de viagem é essencial para te ajudar a estar em boas mãos do princípio ao fim, como insiste o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Qual escolher? Consoante o destino, recomenda-se um ou outro. Se escreveres “Seguro de viagem para …” e o local para onde pretendes ir no motor de busca do blog IATI, verás um guia detalhado sobre a melhor apólice para esse destino, com tudo o que precisas de saber.

Da mesma forma, se clicares no botão seguinte, acederás ao menu para escolher o teu seguro e, em função do destino selecionado, também poderás ver qual é o mais recomendável:

Documentos necessários

Se estás a planear uma viagem a Paris, pouco mais precisarás do que o teu bilhete de identidade. Mas a maioria dos destinos tem uma série de requisitos (não te preocupes, são geralmente fáceis de cumprir) que deves começar a preparar com antecedência. Normalmente, estes requisitos giram em torno de:

  • Visto: O principal requisito em muitos países é ter um visto para entrar no país. Pode ser um Visa On Arrival, um “simples formulário” que terás de preencher quando chegares a países como a Tailândia e que te permite ficar durante um determinado número de dias; ou vistos que têm de ser processados antes da viagem e que podem demorar semanas a ser aprovados. Por isso, é muito importante não esperar até ao último minuto e verificar se é necessário um visto e qual o seu tipo.
  • Autorizações de viagem: Muito semelhantes aos vistos, mas não exatamente iguais. Há destinos que exigem a apresentação de um pedido de autorização eletrónica de acesso. Alguns, como o ESTA para viajar para os Estados Unidos, podem ser tão demorados e “pesados” como um visto; outros, como o e-Travel das Filipinas, são um simples formulário online que demora apenas um bocadinho a preencher. Seja qual for o caso, quando estiveres a organizar uma viagem é muito importante ter isto em mente.
  • Vacinas: Existem dois tipos de vacinas: as vacinas obrigatórias que um país pode exigir para a entrada e as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde. É importante ter em conta ambas. Por conseguinte, o melhor a fazer é visitar um Centro Internacional de Medicina, onde um especialista te aconselhará sobre o teu caso específico e te dará as vacinas necessárias. Tem em conta que há alturas e cidades específicas em que estes centros médicos estão sobrelotados, pelo que é muito importante marcar uma consulta com bastante antecedência para que tenhas tempo de ser vacinado antes da tua viagem.
No blog da IATI, temos guias que descrevem em pormenor os requisitos e documentos necessários para os principais destinos. Escreve no motor de busca do nosso sítio Web “Documentos de viagem…” + o teu destino e obterás todas as informações de que precisas.

pessoa a segurar uma mala de viagem e um passaporte no aeroporto

O que ver e fazer

Outro grande momento que te espera quando estás a preparar a tua viagem sozinho é absorver tudo o que o teu próximo destino tem para oferecer, começar a viajar com a tua mente e escolher o que vais fazer lá.

Informares-te é muito importante e é uma ótima maneira de começares a viver esse novo lugar! Sim, é óbvio que a Torre Eiffel espera por ti em Paris, o Central Park em Nova Iorque ou Chichen Itza no México, mas e depois? Para tirares o máximo partido desta nova aventura, é essencial fazeres os trabalhos de casa e há muitas formas de o fazer:

  • Amigos e família: Conheces alguém que já lá tenha estado? Vai em frente! Pede-lhes conselhos. Será uma grande ajuda e para eles pode ser uma forma de recordar momentos únicos.
  • Livros e filmes: Muitos de nós gostamos de começar a conhecer o nosso próximo destino através de romances ou filmes. É uma forma de conhecer gradualmente as idiossincrasias do país de uma forma muito agradável.
  • Guias de viagem: Antigamente, a principal fonte de informação eram os guias em papel, e cada viagem era acompanhada pela compra de um desses guias. Hoje em dia, porém, a forma de encontrar a informação mais atualizada é através dos blogs de viagens. Os guias podem ter anos e as informações relevantes podem estar desatualizadas, mas os sites de viagens como este atualizam regularmente os conteúdos para facilitar a organização das tuas viagens.

É por isso que no blog da IATI temos guias para os principais destinos – consulta-os agora! Seleciona a tua próxima viagem no menu “Destinos” no topo e surpreende-te com toda a informação que lá encontras.

casal na praia ao pé do mar

Define o teu itinerário de viagem

Depois de saberes quais os locais que queres visitar, está na altura de definir o teu itinerário. Para o fazeres, algo muito prático para começar é abrir uma ferramenta como o Google Maps e começar a guardar cada um dos locais que tens em mente. Por exemplo, no Japão: Tóquio, Quioto, Osaka, Hiroshima… Ver as coisas desta forma vai ajudar-te a ter uma ideia de onde fica cada um deles e em que ordem os deves visitar para não andares a vaguear pelo país como uma galinha sem cabeça. Ao fazê-lo, poderás ver outros locais no mapa que te chamem a atenção e o teu percurso poderá adquirir novas paragens interessantes.

Outra forma cómoda é tirar partido dos itinerários que outros já fizeram. Graças a estes, podes utilizar um itinerário como base e realizá-lo tal como está, ou tê-lo como referência para o modificares a teu gosto; retirando e acrescentando dias num lugar ou trocando uma cidade por outra e aprendendo qual é a melhor forma de te deslocares pelo país em questão ou se é recomendável alugares um carro.

Na nossa secção de itinerários, podes encontrar itinerários criados para utilizares e modificares a teu gosto: Itinerários de viagem.

turistas a andar de bicicleta em Rothenburg ob der Tauber na Alemanha

Excursões e bilhetes

Isto está a tomar forma, não é? Sabes para onde vais, como vais, quando vais, que caminho vais seguir… Cheira-me a aventura Toni! Como se costumava dizer naquela mítica série dos samurais.

O passo seguinte pode ser deixar fechadas as excursões e atividades que queres fazer, para evitares ficar sem lugar ou teres de esperar em filas enormes que te farão perder tempo. Visitar a Torre Eiffel, ir ao Coliseu, subir à Estátua da Liberdade, coisas deste género que podes levar contigo de casa para que, quando chegares ao teu destino, só tenhas de te preocupar em divertir-te. Para isso, existem motores de busca de excursões e até excursões gratuitas, como esta: Excursões em português em todo o mundo.

Outros conselhos para organizares a tua viagem

Não podemos terminar este guia sem te dar estes últimos conselhos:

  • Eletricidade: Muitos países utilizam fichas diferentes das nossas. É importante informares-te sobre o tipo de ficha que irás utilizar no teu próximo destino e, se necessário, adquirir um adaptador.
  • Aluguer de carros: Em destinos como Santorini, Maiorca, Tenerife, Namíbia… há períodos de pico em que os carros são muito procurados e podem esgotar ou só encontrar os mais caros disponíveis. Reserva com antecedência.
  • Dinheiro: Não pagas mais comissões por levantar dinheiro no estrangeiro ou por pagar noutra moeda. Também não precisas de viajar com dinheiro para trocar no destino, porquê? Porque há cartões que te permitem viajar sem pagar comissões.
  • Documentos: É altamente recomendável carregares na nuvem ou no teu e-mail uma cópia de documentos como o teu passaporte, as tuas reservas ou o teu seguro de viagem. Em caso de emergência, pode poupar-te muito trabalho tê-los à mão.
  • Alojamento: A reserva de alojamento é também uma parte essencial da organização da tua viagem. Quanto mais cedo o fizeres, mais opções terás disponíveis a um bom preço e em zonas recomendadas. Se tiveres dúvidas entre vários, podes reservar com opção de cancelamento e decidir-te mais tarde.
  • Internet: Muitas vezes, a opção mais barata e com mais dados disponíveis é obter um cartão SIM local.

O que achas destas dicas para organizares a tua viagem sozinho? Achas que deixámos alguma coisa de fora que possa ajudar outras pessoas a prepararem-se para uma viagem? Se sim, não hesites em acrescentar nos comentários deste guia!